O décimo sétimo verso

1   Não há reis que lavrem seus muitos campos,
5   Quem, por ventura, colhe aos olhos as cores?
2   como fazem aos montes uns outros os deles
6   melodias, encantos, os prantos e os versos?

3   Não há nas fábricas ou lojas filósofos tantos,
7   Brutos, sensíveis, mesquinhos e acolhedores
4   é também o contexto que fabrica os haveres
8   não vos enganai com estes humanos excessos

9   Culpai, no entanto, pela injustiça os poderosos
13 Mas também perdoai vaidade essa uma acesa
10 a fazer ferver o sangue da vossa classe em luta
14 convocando à guerra, quando, as vezes, não ia

11 Ocupa, pois se são eles a pele, sois vós os ossos
15 Pois não é novidade e já um tal Frederico dizia
12 sois garganta que grita e consciência que escuta
16 em uma palavra: não há uma genuína nobreza

     que não esbarre em uma menor hipocrosia

2 comentários:

  1. MUNDO SAHA

    A beleza do carnívoro
    O esqueleto do leão não interessa
    O que interessa é a carne

    A beleza da morte
    Sua eficiência em curar
    As rugas do tempo
    E as feridas de guerra

    Ainda que cicatrizes
    Belezas da terra
    Vida bela

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