Certezas, somente quando...

Só quando tiveres olhos de infinito...
Verás como são ínfimas, as certezas que dizes ter
Caberás no vácuo, e mesmo assim te acharás
Teus redemoinhos, tuas obras-primas e teus juízos
Tudo isso será teu e de todo o mundo
Mas somente quando tiveres paisagem de infinito...
Porque os abismos têm fundo
E as estradas, essas que tu dizes querer
Se desdobram para passar em tua esquina
Teu guarda-chuva, se fecha só para a chuva te molhar
Mas tudo isso, só quando tiveres flores em teu jardim infinito
Porque teu sal precisa ter gosto de mar
E o teu saber e o teu sentir,
São tuas entranhas, tua pele, o teu suor.

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